Coletivos se mobilizam em programação que promove conscientização para pessoas transexuais e
transgêneras do DF
Por Fred Leão
Assessor de imprensa
Lambada Comunicação
A partir desta quinta-feira (28 de janeiro), o Fórum de Lutas LGBTQI do DF e Entorno promove uma série de lives para celebrar, conscientizar e fortalecer a luta pela causa das pessoas transgêneras e transexuais com a Semana da Visibilidade Trans. No roteiro de atividades estão três lives, nos dias 28 e 29 de janeiro e 2 de fevereiro, sempre às 19 horas pelo Facebook (facebook.com/forumlgbtqi.dfe) e Instagram (instagram.com/forumlgbtqi.dfe
Nesta quinta (28 de janeiro), a primeira live trata de conceitos básicos sobre a luta trans, com as participações do artista e produtor cultural, Ariel Taylor e da professora de psicologia do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Jaqueline Gomes de Jesus. A live de sexta-feira (29 de janeiro) aborda as dificuldades no processo de retificação do registro civil, com mediação de Samantha Gregório e as participações do advogado Rudá Alves, do assistente social Kayodê Silvério e da artista da House Of Hands Up, Kona.
Já na próxima terça (2 de fevereiro), a live será um debate sobre a violência de gênero contra pessoas trans e travestis, sob o comando da ativista Lucci Laporta, da vereadora mais votada de Aracaju (SE), Linda Brasil, e da pesquisadora e escritora Helena Vieira. Além das lives, outra atividade da programação é a formação de um bloco Pró-Trans para a carreata que pede pelo impeachment do presidente da república Jair Bolsonaro, no próximo domingo (31 de janeiro).
Diante de múltiplos desafios enfrentados pela comunidade trans no DF, a organização da Semana de Visibilidade Trans elencou as principais pautas da categoria, com destaque para o combate à violência política de gênero, explica Lucci Laporta, ativista e assessora parlamentar, que integra o coletivo Trafem e é uma das organizadoras da programação. Ela chama a atenção para a mobilização por melhorias urgentes nos equipamentos públicos que atendem pessoas trans no DF. “Enfrentamos vários problemas, como a falta de profissionais para atender no Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas) da Diversidade, e a falta de serviços que são fundamentais para o processo de transição, como cirurgias e hormonizações, que deveriam ser oferecidos no Ambulatório Trans. Falta também atendimento integral na Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual, que só funciona de segunda a sexta”, detalha a ativista.
Mesmo diante das constantes retaliações e ataques institucionais promovidos por entes governamentais à comunidade trans, Lucci acredita que os ativistas têm conseguido furar a bolha, para que as pautas consigam ir além da comunidade LGBTQI+. Ela diz que “Precisamos que a nossa luta chegue mais ao Poder Executivo e Legislativo, que as nossas pautas sejam absorvidas ainda mais no debate do Judiciário de maneira mais avançada”, avalia.
União de coletivos
A Semana da Visibilidade Trans organizada pelo Fórum de Lutas LGBTQI do DF e Entorno tem a participação de coletivos trans como a Rede Distrital Trans, a Trafeminista (Trafem), a União Libertária de Pessoas Trans e Travestis (Ultra), o Coletive Não Binare, a Nave Trans e o T-Coletive. Além de outras entidades LGBTQI+, como o Distrito Drag, o Afronte, o Levante Popular da Juventude, o Juntos LGBT e o Instituto LGBT de Arte e Cultura.